PETROGRAFIA
Petrografia, o que é?
É a arte de descrever as rochas. É observar, registrar e entender cada uma de suas características. A petrografia é a aventura "detetivesca" que nos ajuda a desvendar como cada rocha se formou.
Rochas vistas a olho nu
Como é tratar uma rocha à vista desarmada?
Rochas vistas ao microscópio
Como é uma rocha vista ao microscópio?
Petrologia das rochas magmáticas
02.
O que são rochas magmáticas?
Entenda a formação das rochas geradas a partir da cristalização do magma.
03.
Classificação para rochas ígneas.
Conheça os diferentes tipos de rochas ígneas e métodos utilizados para identificá-las.
04.
Paragênese mineralógica.
Descubra a associação característica de minerais encontrados juntos em uma determinada rocha.
05.
Texturas
Aqui estão algumas das principais texturas encontradas em rochas ígneas.
Aqui, desvendamos os segredos das rochas formadas pelo fogo da Terra. Seja bem -vindo à magia da petrologia magmática, onde cada pedra conta uma história ardente de descobertas!
Descubra os segredos profundos da Terra e se encante no fascinante mundo dos estudos do interior da Terra!!!
O conhecimento do interior da Terra é vital para a compreensão da evolução ao longo do tempo e para o entendimento dos processos geológicos fundamentais que moldam nosso planeta. Ao explorar as camadas internas da Terra, pode-se obter conhecimentos essenciais para prever terremotos, entender a atividade vulcânica e até mesmo abordar questões relacionadas às mudanças climáticas. Além disso, as pesquisas sobre a composição e as propriedades dos materiais subsuperficiais são essenciais para a indústria de exploração de recursos naturais, como petróleo, gás e minerais.
A partir de estudos geofísicos, especialmente sísmicos, a Terra foi então dividida composicionalmente em 3 camadas principais: Crosta, Manto e Núcleo.
Métodos utilizados para obtenção de informações do interior da terra:
1) Investigação direta -
Observação de rochas geradas em profundidade e de fenômenos geológicos associados a áreas profundas.
A partir de sondagens, minas, vulcões e de certas rochas.
2) Investigação indireta -
Baseados em interpretações de certas observações em meteoritos, exploração espacial, sísmica, etc.
A Crosta Terrestre é a camada mais externa, sólida e rígida, e é subdividida em crosta continental e crosta oceânica. A crosta continental corresponde aos continentes e possui rochas menos densas que a crosta oceânica, a qual é constituída pelas regiões submersas do planeta.
Essa camada é subdividida em duas categorias principais: crosta oceânica e crosta continental.
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A crosta oceânica é mais delgada, mais densa e predominantemente composta por rochas basálticas. Localiza-se sob os oceanos e é descrito por apresentar uma topografia mais plana em comparação com a crosta continental.
Gabro
Basalto Porfirítico
Por outro lado, a crosta continental é a camada mais externa, grossa, menos densa e mais heterogênea. Rica em potássio, alumínio e silício, composta por uma variedade de rochas ácidas a intermediárias, sendo elas: Granito, Gnaisse, Xisto e demais outras rochas sedimentares, metamórficas e ígneas félsicas/graníticas.
Ela é subdividida em duas partes principais: a crosta superior e a crosta inferior. Essas subdivisões são baseadas em diferenças na composição química, estrutura e comportamento sísmico.
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Crosta Superior: Esta é a porção superior da crosta continental, descrita por ser mais espessa e composta principalmente por rochas ricas em silício e alumínio. O granito é um exemplo comum de rocha presente nesta parte da crosta.
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Crosta Inferior: Localizada abaixo da crosta superior, a crosta inferior é mais densa e composta por rochas mais ricas em sílica e magnésio. Inclui rochas como o basalto. Essa parte da crosta tem uma espessura menor em comparação com a crosta superior. A crosta inferior desempenha um papel importante nos processos tectônicos.
Granito
Quartzito
Na parte mais profunda na crosta inferior e rasa do manto superior encontra-se a descontinuidade de Moho (encurtado de mohorovic, o nome do sismologista balcânico que o descobriu em 1909). Nessa descontinuidade, a velocidade das ondas P cresce abruptamente de aproximadamente 7 para mais de 8 km/seg. Ondas S (secundárias), não podem se propagar através de um líquido, porque os líquidos não resistem à distensão.
O manto é a camada que segue abaixo da crosta até, aproximadamente, uma profundidade de 2900km. Ele contém cerca de 83% do volume da terra.
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A camada mais superficial, entre 60 km e 220 km, é chamada de baixa velocidade, pois nela ocorre redução na velocidade das ondas sísmicas, se comparadas com as camadas inferiores e superiores a ela. Esse caso é curioso, pois a proporção que se avance profundamente no interior do planeta terra, é mais comum que as ondas sísmicas aumente sua velocidade, já que se propagam mais rapidamente em materiais densos. Acredita-se então, que essa redução acontece devido ao índice de 1 a 10% do derretimento parcial do manto, que ocasionam o retardamento das ondas sísmicas. Isso faz com que o material mantélico confinado nesta camada comporte-se de forma mais dúctil.
Manto Superior:
Composto principalmente por peridotito, uma rocha ígnea ultramáfica rica em olivina, piroxênio e outros minerais.
Embora seja rochoso, o manto superior possui uma parte parcialmente fundida conhecida como astenosfera, onde ocorre o fluxo convectivo de material rochoso.
A astenosfera é menos rígida do que o restante do manto superior, permitindo o movimento lento do material rochoso.
As correntes de convecção na astenosfera são um importante motor para a deriva continental e o transporte das placas tectônicas.
Manto Inferior:
Também é composta principalmente por peridotito, mas a pressão e a temperatura aumentam significativamente com a profundidade, gerando maior compactação das rochas e, consequentemente, aumento da densidade.
Estende-se de cerca de 670 km a aproximadamente 2.900 km abaixo da superfície terrestre
O manto inferior é sólido, embora as condições de pressão e temperatura levem a uma maior plasticidade do material em comparação com o manto superior.
Mais rígida do que o manto superior, o que contribui para a transmissão eficiente de ondas sísmicas.
Embora as ondas S sejam somente desaceleradas pelo pouco líquido em camada de baixa velocidade, elas desaparecem por completo quando alcançam o núcleo exterior.
O núcleo terrestre é uma das camadas mais internas da Terra, situada abaixo do manto. Composto principalmente por ferro e níquel, o núcleo é essencial para a compreensão da estrutura e do comportamento dinâmico do nosso planeta. Ele é dividido em duas partes distintas: o núcleo externo e o núcleo interno.
Núcleo Externo
A camada externa do núcleo é caracterizada por um estado físico peculiar — é líquida. Isso deve às altas temperaturas e à pressão nas profundezas da Terra. A principal evidência para a liquidez do núcleo externo é a capacidade de transmitir ondas sísmicas apenas de maneira parcial, uma vez que as ondas P (compressão) conseguem atravessá-lo, mas as ondas S (cisalhamento) não. Isso sugere que o material no núcleo externo é fluido, permitindo movimentos convectivos. Essas correntes de convecção geram campos magnéticos que desempenham um papel crucial na proteção da Terra contra a radiação solar e cósmica.
Núcleo Interno
Contrastando com o estado líquido do núcleo externo, o núcleo interno é sólido. A transição de líquido para sólido ocorre devido a condições de pressão extremamente elevadas. Apesar de sua solidez, o núcleo interno permanece quente, com temperaturas superiores à superfície do Sol. Essa alta temperatura é sustentada pela liberação gradual de calor decorrente de processos radioativos e residuais do período de formação da Terra. A existência do núcleo interno sólido é confirmada pelo comportamento das ondas sísmicas, que revelam reflexões e refrações características desse ambiente.
Microscopia
Bem-vindo à nossa página dedicada ao estudo das investigações microscópicas das rochas! Aqui, exploraremos um mundo fascinante que revelam muito mais do que a aparência superficial sugere.
Pseudomorfismo
Cristal de biotita sendo substituído por clorita (Nicois cruzados, 10x). A substituição de uma fase primária por uma secundária, sem que a forma original do cristal substituído seja mudada, é chamada de pseudomorfismo. Observado em lâmina do Granito Pedra Branca, Rio de Janeiro.
Textura microporfirítica
Fenocristais de olivina se sobressaem em uma matriz muito fina, gerando uma textura microporfirítica em lâmina de um dique de rocha basáltica, Grota Funda, Rio de Janeiro. (Nicois cruzados, 20x).
Cristal complexo de plagioclásio
Cristal de plagioclásio de hábito quadrático, zonado composicionalmente, e com padrão de geminação. complexo. Observado em lâmina do Tonalito Tachas, Rio de Janeiro. (Nicois cruzados, 4x)
Megacristal poiquilítico
Megacristal de microclina poiquilítico e micropertítico. As variadas inclusões (em forma e em tipos composicionais) dão ao cristal o caráter poiquilítico. As micropertitas (ex-soluções de plagioclásio) podem ser vistas como as finas ex-soluções de cor branca no interior do cristal. Observado em lâmina do Granito Pedra Branca, Rio de Janeiro.(Nicois cruzados, 4x).